segunda-feira, 30 de janeiro de 2006



Rosa Passos

Dona de um swing extraordinário, a baiana Rosa Passos é considerada pelos aficionados como a versão feminina de João Gilberto. Como o cantor, Rosa possui uma voz cálida, doce, afinadíssima. Sua simpatia e criatividade converteram-na em uma das maiores estrelas da moderna MPB, com influências do jazz e do samba.
A fama de Rosa Passos cresceu a partir do CD Curare (1991), quando se aproxima definitivamente do repertório de bossa nova, gravando temas de Tom Jobim como "Dindi", "A felicidade" e "Só danço samba". Desde então vem realizando turnês pelos Estados Unidos, Europa e Japão com um extenso repertório de temas próprios e interpretações de clássicos como Gilberto Gil, Djavan, Dorival Caymmi, Ary Barroso, Edu Lobo, etc.
Em suas gravações e shows conta com a participação de músicos como Ivan Lins, Chico Buarque, Yo-Yo Ma e Ron Carter. Seu último CD, Amorosa (Sony Classical/2004, é uma homenagem a João Gilberto, com participações de Henri Salvador e Paquito D'Rivera.


Simone Guimarães
Biografia


A cantora, compositora e instrumentista Simone Guimarães nasceu em Santa Rosa de Virtebo, no interior de São Paulo, na fronteira com Minas Gerais. Em sua formação musical, teve influências de Tom Jobim e Villa-Lobos e suas composições variam do estilo regional ao erudito, da seresta à bossa nova. Como compositora, emplacou músicas em trilhas sonoras na televisão. O primeiro CD solo, lançado em 1996, foi resultado de uma pesquisa em torno do fenômeno da piracema. Participou do Songbook Tom Jobim, interpretando a música "Pato Preto", que fez parte do último disco lançado por Tom, "Antônio Brasileiro". Em parceria com dois violonistas — Olmir Stoker, o Alemão, e Zezo Ribeiro — gravou o disco, aínda inédito, "Cordas Versos Cordas", em 1996. No ano seguinte veio o lançamento de "Cirandeiro", pelo qual recebeu duas indicações para o Prêmio Sharp, nas categorias Melhor Cantora e Melhor Arranjo. O terceiro disco, "Aguapé", 1998, teve as participações de Elba Ramalho, Ivan Lins, Danilo Caymmi, Zé Renato e Maurício Maestro, nomes que incentivaram sua carreira. Num show que fez no Rio, em 1998, Simone Guimarães recebeu para uma canja improvisada o cantor Milton Nascimento, que estava na platéia e declarou ao final: “Não tem pra ninguém. Simone é o que de melhor eu escutei nos últimos anos." A dobradinha com o cantor foi repetida nas apresentações do show "Crooner" de Milton, em que ela apresentou-se ao lado dele para interpretar "Para Lennon e McCartney". No Songbook Chico Buarque, fez um duo com o guitarrista Hélio Delmiro, na música Desencontro. Com Sérgio Natureza compôs "O de casa", gravada por Ivan Lins CD "Um Novo Tempo".

domingo, 15 de janeiro de 2006

"O que falta pra quem faz um samba
É a tristeza que vem de outro tempo
Quem não sabe a ciência do samba
Vai fazer o que pede o momento"

O Lamento do Samba

Paulo César Pinheiro
Um dos maiores Letristas brasileiros, compositor e poeta.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2006

A magia da voz

Em CD e show, Roberta Sá se impõe como uma das melhores intérpretes de sua geração
LUÍS ANTÔNIO GIRON


Roberta Sá possui uma estranha peculiaridade: sua beleza física é camaleônica, jamais parece exibir o mesmo rosto ou o mesmo corpo. Não apenas em fotos. Quando essa potiguar de 24 anos, alta e (agora) esquálida, sai por instantes da mesa em São Paulo onde conversa com ÉPOCA e volta, já parece outra. A persona fluida faz com que se comporte ora como garota mimada da zona sul carioca (solteira, desde os 15 anos mora no Leblon com a mãe e o padrasto), ora como nordestina incisiva. ''Não sei por quê'', comenta com sorriso largo. ''Nunca pareço igual...''
A moça, porém, conserva um traço distintivo: a voz. Exibe um timbre nítido, desembaraço no fraseado e uma espontaneidade capazes de arrebatar os músicos com quem trabalha ou que ouviram suas primeiras gravações. Entre eles, Paulinho da Viola e Elton Medeiros derramam-se em elogios à estreante. ''Ela escolheu o caminho mais difícil'', diz Medeiros. ''Interpreta composições que exigem alto grau de musicalidade.''
Esse dom se faz sentir no CD de estréia, o extraordinário Braseiro, lançado em show no Rio de Janeiro, na semana passada. O espetáculo continua nas quartas-feiras dias 20 e 27. Para realizá-lo, Roberta consome-se em ensaios. Nos últimos dias, conta, emagreceu 4 quilos, só pensando no show - o que provoca alterações profundas em sua aparência, diversa da estampada na capa do disco. ''O problema é que sou perfeccionista e não descanso.'' Seu gosto vai de bossas (''Eu Sambo Mesmo'', de Janet de Almeida) a músicas ainda mais difíceis, como os sambas ''Pelas Tabelas'' (Chico Buarque) e ''No Braseiro'', que Pedro Luís, outro fã, compôs para ela. Para ter uma idéia de seu canto, basta imaginar um amálgama que contenha Marisa Monte e Gal Costa, com doses maiores de jovialidade, punch e notas graves. ''É uma intérprete requintada'', analisa Rodrigo Campello, diretor do show e produtor do disco. ''Seus vibratos seguem a melhor escola brasileira.''


Roberta Varella Sá sempre cantou, mas deu o salto ao estudar técnica vocal. Em Natal, onde nasceu, ouvia os sambas favoritos da mãe, embora o pai, o político Múcio Sá, preferisse Beatles. Aos 18 anos, morou no Missouri, num programa de intercâmbio, e lá foi contralto num coral. De volta ao Rio, fez aulas de canto, enquanto estudava Jornalismo e trabalhava como balconista de uma loja de grife. Curiosamente, a carreira começou no reality show Fama, em 2002. ''Fiz o teste só para ver.'' Passou e participou do programa, mas foi eliminada numa semifinal. ''Era uma novela. Eu fazia a princesinha.'' Jura que não sabia cantar, mas conheceu na ocasião o professor Felipe Abreu.
Irmão de Fernanda Abreu, Felipe incentivou Roberta a gravar uma fita demo e a fazer o primeiro show, no Mistura Fina. No fim de 2003, Roberta levou uma fita a Gilberto Braga, que escrevia a novela Celebridade. O autor gostou da voz e a convidou a gravar o samba ''A Vizinha do Lado'' (Dorival Caymmi), prefixo de Juliana Paes. Rodrigo Campello produziu e arranjou a faixa. A música fez tamanho sucesso que lhe rendeu o convite para gravar. Braseiro tem participações de Pedro Luís, Ney Matogrosso e MPB4 e virou um êxito de crítica, para a surpresa da cantora. Planeja agora uma turnê para conquistar o público. ''Será uma anti-superprodução'', brinca. Séria: ''Estou no começo. Não sei como será''. Mesmo sem querer, Roberta já se impõe, segundo os especialistas, como o timbre canônico de sua geração. E reúne arte para se converter numa das intérpretes mais puras da MPB atual. Sua voz revela identidade de estrela.
MANIVA - Novo cd de Nilson Chaves

CD "MANIVA" Produção Musical:Zeca Baleiro e Nilson Chaves Participações Especiais: Chico Cesar, Paulinho Moska, Zeca Baleiro, Flavio Venturini, Celso Viáfora, Vital Lima,Jean Garfunkel,Tuco Marcondes e Toninho Ferragutti. Já experimentou espremer na mão uma folha de maniva e depois cheirar? Ou então, passar por uma cozinha onde estejam preparando uma maniçoba? E não somente o cheiro, mas a temperatura. Há como uma névoa no ambiente, mágica e a maniçoba, silenciosamente queima, apaixonada. E quanto mais tempo leva na panela, mais apura o paladar. Não há dúvida que a cozinha paraense é a mais genuinamente brasileira, por vir dos índios. Chamam-na de “feijoada paraense”, por admitir temperos e delicias da outra, a africana. Maniva também é veneno. Sua folha larga, da família das euforbiáceas, tem substâncias tóxicas. Por isso, o tempo que passa cozinhando, apurando, para enfim virar o quitute. Seria o “veneno bom”. Assim a música de Nilson Chaves, tão essencialmente paraense e no entanto, admitindo influências de tudo o que há de mais moderno na música mundial. Tal como a folha da maniva, sua música enche o ar de alegria, verdade e sofisticação. Isso mesmo. Quer mais sofisticação do que o lento e cuidadoso preparo de uma maniçoba? E quanto mais o tempo passa, mais Nilson Chaves se posiciona como um dos grandes nomes da música da região amazônica. Um líder que se impõe pela generosidade, pelo respeito aos companheiros, pelo apego à cultura de sua terra. Por isso, ao fazer seu novo trabalho, cercou-se de convidados;todos desfrutando do paladar apurado de sua música, todos inebriados e sendo condimentos essenciais para um resultado final tão saboroso. Se a maniva é veneno bom, que assim seja a música de Nilson Chaves a nos intoxicar de alegria, amor e verdade. A “Maniva” de Nilson Chaves já está pronta e apurando.

fONTE: www.outrosbrasis.com.br
Quem é Ceumar?

Parece que toda música que Ceumar produz vai pra cima, pro céu. Como todas aquelas montanhas de Minas Gerais que apontam pra cima, de onde ela vem. Nasceu em Itanhandú, bem no sul de Minas, quase São Paulo. É mesmo uma mistura de interior de São Paulo e Minas, que é o interiorzão do Brasil. Da moça prendada que pinta e borda. E piano também. Toda família, pelo menos classe média, tinha ou tem um em casa. Mas piano não "anda" por aí. E Ceumar queria andar. E foi, com violão na mão. Passou pela capital mineira. Abriu horizontes. Foi uma bela escolha pra começar expandir suas notas musicais. De lá, volta pra terra natal. Depois fica um tempo em Itajubá, também Minas. Respira fundo e vai pro começo... do Brasil. Salvador, moça grande, uns 24 anos, com violão e namorado em punho. Mais um tempo por lá e... Itanhandú, sempre. Mais uma boa respirada, e vai para São Paulo. Bem mineira, veio chegando devagar, aos poucos, e pelas mãos de amigos. Chegando, chegando, chegou! Lá por 1996 e 1997, na rádio Musical FM, estourou com Dindinha, música de Zeca Baleiro. Estourou assim, daquele jeito possível, entre os interessados que compunham o público da Musical. Lançou o primeiro CD em 2000, com o título "Dindinha". Disputado até hoje. Neste ano de 2003, lançou um trabalho que é um mel. Suave, doce, cheio de proteína musical. Trabalho cuidadoso, logo se vê, ali, na 1ª faixa. Sua sensibilidade, talento, estrela, sei lá, faz ela se aproximar de gente também sensível, grande, astuta, como ela. Estão lá, pelo CD, gente como Kléber Albuquerque, Tata Fernandes, Gero Camilo, Carlos Zimbher. Músicos, do mesmo tamanho, grandes, de primeira. Gigante Brasil, Swami Jr., Webster Santos, Lelena Anhaia, tantos mais. Uma doçura. Essa menina moça, personalíssima, é, ao mesmo tempo, voz, composição, harmonia e violão. Sabe tudo. Arranjo, anjo da canção.

Fonte: Página da música
Yamandu Costa Ao Vivo (DVD)

Yamandu CostaPrimeiro DVD do violonista apresenta composições próprias e temas de Baden, Caetano, Radamés, Django Reinhardt Maior revelação do violão brasileiro nos últimos anos, o gaúcho Yamandu Costa lança seu primeiro DVD, pela Biscoito Fino.

Gravado ao vivo no Sesc Pompéia, em São Paulo, no mês de abril de 2005, o DVD apresenta o jovem – e já consagrado – instrumentista em sua melhor forma. As imagens captam o músico quase na penumbra, extraindo a luminosidade através das notas do violão virtuoso, em duas composições de sua autoria, Aurora e Tareco Número 2. É a senha para Yamandu chamar ao palco Eduardo Ribeiro, na bateria, e Tiago Espírito Santo, no contrabaixo, amigos de longa data, da época em que Yamandu mudou-se de Porto Alegre para São Paulo, há cerca de cinco anos. O trio interpreta a Valsa Número 1, de Baden Powell, em versão repleta de improvisos, com sotaque jazzístico, seguida por mais duas composições de Yamandu: Paz de Maria, em clima de bossa, e a (pro)fusão rítmica de Besteira, antes do solo de Susto, batizada em pleno palco do Sesc Pompéia. Na seqüência, Yamandu convoca o conterrâneo Guto Virti, no contrabaixo acústico, para redimensionar as raízes sulistas em Tango Amigo, de sua lavra mais recente. Toninho Ferraguti é o convidado da faixa seguinte, acrescentando seu acordeom a Sanfonema, em trio, e também a Chamamé, em dueto. O baterista Eduardo Ribeiro e o baixista Tiago Espírito Santo juntam-se à dupla Yamandu e Ferraguti para interpretar um dos movimentos da Suíte Retratos, de Radamés Gnattali, em homenagem a Pixinguinha. Dos mestres do choro ao mestre das cordas: Yamandú recria, ao lado de Ribeiro e Espírito Santo, Nuages do guitarrista cigano Django Reinhardt. O trio explora todas as semifusas de Taquito Militar, do argentino Mariano Mores, antes de reinventar o samba Vou Deitar e Rolar, de Baden Powell e Paulo César Pinheiro, numa performance monumental. O show termina ao ritmo de Disparada, de Théo de Barros e Geraldo Vandré, plena de efeitos sonoros e percussivos. Os extras mostram Yamandu conversando com Hermeto Paschoal na Holanda; tocando com Armandinho em um programa de TV na Bahia; revisitando o acordeom num camarim em SP; experimentando violões na Espanha, além de fotos e imagens de sua carreira.

Fonte: www.biscoitofino.com.br
Olá Pedro, sou sua fã, ou melhor do programa, desde ele programa acontecia aos domingos. Fico muito feliz a cada segunda-feira, afinal é o unico programa que prestigia a boa música e não corro o risco de ouvir as repetitivas músicas de todos os horários.Gosto muito de ouvir "Clube da esquina II"inclusive tenho feito pesquisas sobre o "Clube da esquina"eles são demais. Também curto ouvir aquele antigo tema do programa que é uma delicia para ouvir é uma alívio para alma.

Vita andrade