Cinema Brasil
Francis Hime – Joyce
Linda, que a tela era linda
E Eu me lembro ainda do filme que vi
Que tinha Eliana, Oscarito
Otelo, Adelaide, Cyl Farney, Dercy
Canções, carnavais e cassinos
Ambientes tão finos, humor infantil
E uma geração de meninos
Amou para sempre o cinema Brasil
Ginga de Orfeu lá no alto
No morro, no asfalto, a quarenta graus
No Mar, no Sertão, na verdade
Na grande cidade, na lama e no caos
Pois quando o cinema era novo
Falava do povo, falava por nós
E uma juventude guerreira
Levou a bandeira com seu porta-voz
Linda, que Leila era linda
Todas as mulheres do mundo dirão
Foi Dina com Macunaíma
Foi Márcia em Ipanema abrindo o verão
Foi Gloriosa Darlene
Querendo vingança aos Santos clamar
Ou foi Adriana tão cedo
Que o dono do enredo mandou lhe chamar
Linda, que a tela era linda
E Eu me lembro ainda do filme que vi
Sacana, o Malandro Carvana
Descola uma grana e sai por ai
Meu filme prossegue infinito
No eterno conflito entre os que vêm e vão
E o emblema da última
Cena é Fernanda serena,
Que escreve uma carta,
Que sonha que é santa
Que cata feijão
Mina, Fernanda Divina,
Que a tela ilumina
De pura invenção
Linda, que a tela é tão linda
E é mais linda ainda na imaginação
Linda, que a tela é tão linda
E assim será sempre
Na nossa paixão.
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