Violão
Sueli Costa – Paulo César Pinheiro
Um dia eu vi numa estrada
Um arvoredo caído
Não era um tronco qualquer.
Era madeira de pinho
E um artesão esculpia
O corpo de uma mulher
Depois eu vi
Pela noite
O artesão nos caminhos
Colhendo raios de lua
Fazia cordas de prata
Que, se esticadas, vibravam
O corpo da, mulher nua
E o artesão, finalmente,
Nesta mulher de madeira,
Botou seu o coração
E lhe apertou contra o peito
E deu-lhe um nome bonito
Assim nasceu o violão.
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